quinta-feira, outubro 27, 2005

Uma auto-avaliação

"As funções da avaliação são potencialmente duas: o diagnóstico e a classificação. Da primeira, supõe-se que permita ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos deste e extrair as conseqüências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. A segunda tem por efeito hierarquizar e classificar os alunos. A escola prega em parte a avaliação com base na primeira função, mas a emprega fundamentalmente para a segunda."
"A avaliação (...) tem de adequar-se à natureza da aprendizagem, levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas, o produto, mas também o que ocorreu no caminho, o processo. Para isso é preciso observar: Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade? Que dúvidas manifestou? Como interagiu com os outros alunos? Demonstrou alguma independência? Revelou progressos em relação ao ponto em que estava?""A avaliação deve servir para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo."
Mariano Enguita
Publicação: Artigo da Publicação Raízes e Asas n. 8. São Paulo: CENPEC, 1995Páginas: 23


Considerando a fala de Enguita faço uma reflexão sobre o trabalho que temos realizado na escola.
No ano passado fizemos uma pesquisa com os alunos do período diurno e ficamos surpresos com o resultado.

Muitos professores ainda planejavam suas atividades na STE como um apêndice de uma aula tradicional, apenas complementando atividades.
* aulas expositivas usando o Netmetting;
* atividades que fazem do computador um livro eletrônico, através de um programa tutorial;
* avaliação no computador porque não há toner na escola para tirar xerox;
* uso da Internet para copiar e colar (cópia eletrônica), depois imprimir e entregar as folhas impressas para avaliação.

Tais atividades facilitavam a dispersão de alguns alunos que se desviavam de suas tarefas, buscando na Internet sites para bate-papos, jogos on-line, fotos e outros.

Para se conhecer o perfil do nosso aluno e quais as suas expectativas em relação ao uso da STE pelos professores, aplicamos um questionário com 09(nove) questões. As 03(três) primeiras, sobre inclusão digital; as seguintes, sobre as atividades realizadas na Sala de Tecnologia Educacional, e, finalmente quais as práticas de aulas consideradas importantes para sua aprendizagem. OBS: Não incluímos o noturno por ser uma realidade diferente e precisamos fazer esta pesquisa separadamente.
Os resultados mostraram que:



A maioria de nossos professores está receptiva às inovações, mas necessita de um tempo para a incorporação, reflexão e aprendizado das potencialidades destes recursos. Através do planejamento com os professores, aos poucos estamos mudando esta visão.

O esforço não tem sido em vão, e os alunos também estão se ambientando com as novas exigências que os professores fazem para melhorar o desempenho no processo ensino-aprendizagem.

É isso aí pessoal, não se dêem por vencidos, o computador é apenas uma ferramenta que pode ser útil para aprimorar o informação que deve ser tratada por nós com inteligências, seja lógica-matemática, lingüística, pessoal, corporal, etc.